Cada ser possui seu habitat... Cada ser humano se identifica com a sua sociedade de origem e/ou de convivência.
Acho que isso não é novidade para ninguém.
No meu caso, é algo mais incomum do que possa parecer.
Nascido no interior do Rio de Janeiro e criado desde os 10 anos no Rio Grande do Sul, sempre me senti diferente do ambiente gaucho, e hoje que moro ″na terra natal″ sinto-me um legítimo gaudério chucro dos pagos de Pelotas perdido em pampas de coronel republicano.
Será que eu não tenho mais uma identidade
cultural?
Aos fatos:
Numa manhã ensolarada, tive que ir a São Conrado, bairro vizinho da Barra alguns poucos quilômetros de onde moro, para recolher uma assinatura da cantora Beth Carvalho.
Chegando ao belo prédio de um condomínio fechado à beira mar, fui barrado na portaria. Aposto que foi por causa da minha cara gordinha e branquela de "turista".
- Pra onde cê vai? - indaga o porteiro de cabelo amarelo oxigenado, uma cópia fiel e pobre do cantor Belo.
Sem pestanejar respondi carregado no sotaque gaucho.
- Portaria Três!
Incrédulo com a pronúncia do meu S, o pseudo-loiro replica.
- Treiix?
- Sim, três. - respondi já pensando no valor do QI total daquela ameba na minha frente que ouvia a dança do Créu num rádinho de pilha apoiado na janela.
- Ahhhh, mas você não é daqui não né!?
Ok! A pressa falou mais alto, perdi a paciência. Tasquei um sorriso amarelo no rosto e esperei que o porteiro entendesse o recado.
Estava ciente que aquele diálogo havia chegado ao fim, porém o sábio anta que atravancava o meu caminho naquela manhã precisava concluir seu raciocínio.
- Sabia que você não era daqui. Reconheço um paraíba de longe!
Nesse momento meu rosto redondo e branquelo ficou corado de raiva. Empurrei a porta de vidro que havia na minha frente e saí batendo pé até alguma outra portaria.
Chama de tudo, mas po, paraiba não né!? Acho que até por paulistano o meu sotaque poderia se passar.
Mas paraíba???
I-M-P-O-S-S-Í-V-E-L!
Serei eu o problema ou o porteiro que é um lunático?
Só Deus sabe!
Na próxima semana conto mais fatos que esse paraíba passou aqui na cidade maravilhosa.
Obs.: nada contra paraibas, porteiros, paulistanos, ouvintes do mc Creu e portadores de cabelos oxigenados. Qualquer semelhança é mera coincidência.
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Perfil...
Prazer, Marcelo Prata.
Jornalista por formação.
Nasci em Petrópolis no Rio de Janeiro, mas fui criado no Rio Grande do Sul quase que a vida toda.
Sou do signo de humorista com ascendente em Windows, mas tenho uma lua em Macintosh e parece que eu tenho uma mandioca atravessada na minha casa afetiva e profissional, ou algo assim.
Como muita gente, comecei minha carreira com uma mão na frente e outra atrás. Só que por força do trabalho, eu tive que tirar as duas mãos, a da frente e a de trás, e colocar sobre o teclado. No fim deu tudo certo.
Sou semi-casado, muito bem amado e que ama bastante também.
Passo o dia todo na frente do PC, personal computer, e quando chego em casa, geralmente, fico na frente DA PC. Pia da cozinha.
Já trabalhei em pequenas, porém grandes, emissoras do interior do Rio Grande do Sul, na frente, atrás e embaixo das câmeras. Já apresentei programas em afiliadas Record, SBT, Canais à Cabo e TVs universitárias. Atualmente moro no Rio de Janeiro e tento entender como funciona o cotidiano nessa colméia de seres humanos.
E sim, tento alimentar esse blog também, que possui o privilégio de interagir com pessoas totalmente alfabetizadas, o que pra mim é uma surpresa.
Digito sem olhar no teclado, e erro mais se estiver olhando. Eu sei cortar pizza em 13, 17 e outros números primos de pedaços. Sei somar e multiplicar sem calculadora e posso demonstrar isso ao vivo se for o caso.
Sou autodidata, digo isso, pois desenvolvi um método pessoal de comer pastel de feira sem queimar a boca, posso mandar um vídeo sobre isso.
Sou muito famoso por ser 100% anônimo, e também sou muito anônimo para ser uma celebridade.
Pelos padrões de pobreza do Brasil eu sou rico e pelos padrões de riqueza dos ricos do Brasil sou considerado pobre. No momento estou um pouco gordo para ser alguém magro, mas também convenhamos, sou um cara muito magro para ser um obeso mórbido.
Se tiver alguma dúvida mande um e-mail, será um prazer atendê-lo.
Texto de autoria da Jornalista Rosana Hermann, ligeiramente adaptado.
Jornalista por formação.
Nasci em Petrópolis no Rio de Janeiro, mas fui criado no Rio Grande do Sul quase que a vida toda.
Sou do signo de humorista com ascendente em Windows, mas tenho uma lua em Macintosh e parece que eu tenho uma mandioca atravessada na minha casa afetiva e profissional, ou algo assim.
Como muita gente, comecei minha carreira com uma mão na frente e outra atrás. Só que por força do trabalho, eu tive que tirar as duas mãos, a da frente e a de trás, e colocar sobre o teclado. No fim deu tudo certo.
Sou semi-casado, muito bem amado e que ama bastante também.
Passo o dia todo na frente do PC, personal computer, e quando chego em casa, geralmente, fico na frente DA PC. Pia da cozinha.
Já trabalhei em pequenas, porém grandes, emissoras do interior do Rio Grande do Sul, na frente, atrás e embaixo das câmeras. Já apresentei programas em afiliadas Record, SBT, Canais à Cabo e TVs universitárias. Atualmente moro no Rio de Janeiro e tento entender como funciona o cotidiano nessa colméia de seres humanos.
E sim, tento alimentar esse blog também, que possui o privilégio de interagir com pessoas totalmente alfabetizadas, o que pra mim é uma surpresa.
Digito sem olhar no teclado, e erro mais se estiver olhando. Eu sei cortar pizza em 13, 17 e outros números primos de pedaços. Sei somar e multiplicar sem calculadora e posso demonstrar isso ao vivo se for o caso.
Sou autodidata, digo isso, pois desenvolvi um método pessoal de comer pastel de feira sem queimar a boca, posso mandar um vídeo sobre isso.
Sou muito famoso por ser 100% anônimo, e também sou muito anônimo para ser uma celebridade.
Pelos padrões de pobreza do Brasil eu sou rico e pelos padrões de riqueza dos ricos do Brasil sou considerado pobre. No momento estou um pouco gordo para ser alguém magro, mas também convenhamos, sou um cara muito magro para ser um obeso mórbido.
Se tiver alguma dúvida mande um e-mail, será um prazer atendê-lo.
Texto de autoria da Jornalista Rosana Hermann, ligeiramente adaptado.
Hahahahaha adorei paraíba ;p!!
Beijos,
Carolzinha :)
HAUEUSHSUAAUHEUEHSUHSUAHUAHSUS
Paraíba é difícil.
Adorei teu blog maninho, voltarei mais vezes ;)
Ah, eu li antes de ser postado e já conentei contigo no MSN. Agora nem sei o que falar aqui. Heauehauihae!
kkkk adoreiii!